Por Matheus Oliveira

Acontece que nem sempre essas
estruturas são percebidas por todos que compõem a organização, pois isso varia
de acordo com o foco que o indivíduo adota em sua percepção. No campo da
Administração as estruturas são vistas como o modo que as organizações estão
estruturadas. A partir daí surge um importante conceito: o Estruturalismo.
Com base nisso é possível
compreender que as organizações são formadas por sistemas interligados onde o
coletivo se sobressai aos indivíduos. O todo não é apenas o somatório das
partes, uma vez que, existem várias relações entre elas e em cada uma existem
elementos que geram dependência ao todo.
O
estruturalismo surgiu da união entre o enfoque formal da Escola Clássica e do
informal da Escola das Relações Humanas resultando em uma organização mais
complexa. Os estruturalistas vieram reforçar a ideia de que existem conflitos
de interesses entre os indivíduos e a organização e até mesmo divergências de
ideias entre os próprios indivíduos que compõem a empresa. Além disso, eles
apontam que os conflitos não podem passar despercebidos bem como não podem ser
totalmente solucionados. Dessa forma, eles são apenas amenizados, alcançando,
pois, uma relativa harmonia e nunca deixando de existir.

As organizações surgiram para
atender necessidades sociais e hoje é praticamente impossível pensar em
realizar qualquer tipo de atividade que não envolva uma organização, famílias,
instituições religiosas, empresas, Estado, estão presentes no cotidiano das
pessoas e elas são interdependentes para o atingimento de seus objetivos, pois
a atividade de uma, permite a realização das atividades das outras.
Realizando uma análise temporal,
percebe-se que, inicialmente, a natureza era a única base para a sobrevivência,
com o surgimento do trabalho, os elementos naturais passaram a ser modificados.
Em seguida, com a transição feudo-capitalista, o capital tornou-se fator básico
da vida social. Hoje, dentre outros aspectos, a organização utiliza de seus indivíduos
para atingir seus objetivos, ignorando, muitas vezes, as vontades particulares
de cada um.
No que diz
respeito às organizações propriamente ditas, o estruturalismo buscou estudar as
estruturas internas e a sua interação com o ambiente externo, incluindo a
sociedade, mostrando que existe uma forte interdependência entre eles e que
isso forma um conjunto. Surge o conceito do “homem organizacional”, um ser que
desempenha um papel cooperativista e coletivista passando a desempenhar vários
papeis nas organizações, flexível devido à diversidade da vida moderna e das
múltiplas tarefas que faz.

Portanto para os estruturalistas
tudo em nosso meio é composto de estruturas, incluindo as empresas. Essas
organizações são interdependentes e compostas por indivíduos que passam a
desempenhar cada vez mais tarefas e se torna interessante que as pessoas
entendam sua importância como componente do todo, ou seja, o sentido que seu
trabalho tem. Os meios de controle passam a ser cada vez mais diversificados e
presentes no ambiente organizacional. Às organizações, cabe entender até onde
impactam suas atividades e relações com o meio que pertencem.
A teoria estruturalista, veio mostrar o quão importante é ate hoje o "homem organizacional", e mostra também como é importante nos mantermos atentos a todas os cenários e mudanças do mundo organizacional.
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