domingo, 8 de junho de 2014

A motivação e o papel do gestor

                                                                                        Por Cristina Rodrigues

Atualmente a maioria das pessoas passa grande parte do seu dia no trabalho. Para alguns desses indivíduos ele é fonte de grande satisfação, já para outros é causa de grande pesar. Diante deste cenário então qual é a melhor solução para melhorar a satisfação destes funcionários? Como motivá-los? Estas questões são os pontos-chaves que os gestores devem analisar pois a motivação é ponto chave na produtividade e desempenho organizacional.
Pode-se verificar que o homem tem necessidades complexas que vão além das necessidades de filiação e associação a grupos informais como propunha a Escola de Relações Humanas.
       Analisando os estudos de Maslow pode-se verificar que o homem tem necessidades complexas que vão além das necessidades de filiação e associação a grupos
Pirâmide das necessidades de Maslow
informais . Ele define o conceito de
Homo complexus como sendo um indivíduo que tem necessidades de autorrealização, necessidades ligadas a seu ego, ao seu desenvolvimento pessoal e sua aprendizagem. Quando o indivíduo busca a sua auto realização no trabalho ele se envolve mais com os objetivos da organização, agindo de forma a se esforçar mais para alcançá-los. Para estes indivíduos o trabalho fornece um sentido a sua vida. Ainda nessa linha de raciocínio a auto realização é uma atividade complexa que varia de indivíduo para indivíduo, pois depende de características e interesses de cada um. 

Portanto para motivar os funcionários os lideres devem identificar o que cada um busca no trabalho, se é um plano de carreira, se é o reconhecimento por parte dos gestores ou da sociedade na qual ele está inserido, ou se ele busca se aperfeiçoar e ganhar mais conhecimento em relação a alguma área ou atividade, etc. Sabendo o que o trabalhador procura é mais fácil conseguir motivá-lo e consequentemente conseguir melhor desempenho, comprometimento e produtividade do mesmo.
Outro autor que contribuiu para entender como se da a motivação no trabalho foi McGregor com suas Teorias X e Teoria Y. Na Teoria X ele propunha que o indivíduo era por natureza preguiçoso e avesso ao trabalho e fazia de tudo para evitá-lo, não possuía iniciativa por isso era necessário ter um supervisor ou gerente para fiscalizar o seu trabalho. Portanto existia um sistema de gestão autoritário e centralizado com um controle social burocrático muito grande, o que desmotivava os seus funcionários, diminuía o ritmo na linha de montagem, havia queda na produtividade e desempenho. Esta teoria foca apenas nas necessidades básicas de cada indivíduo, que era as necessidades fisiológicas e de segurança e não dava atenção as necessidades mais complexas e mais importantes que era as necessidades de autorrealização, de ego, de filiação e associação. Quando estes elementos foram desprezados pelos gestores os funcionários apresentaram resistência ao trabalho e insatisfação pois encontraram incentivos para se dedicar mais a realização das tarefas na organização, sendo que esta não oferecia condições para a satisfazer as suas necessidades mais complexas.
Em contrapartida a Teoria Y propõe que os indivíduos gostam do trabalho que realizam na empresa, portanto são motivados, possuem dedicação, potencial de desenvolvimento e capacidade de assumir responsabilidade e podem se auto gerir para alcançar os objetivos da mesma. Ficam como papel principal dos administradores da organização os estímulos necessários para proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam por si próprias essas características. A administração nesse caso é como um processo de criação de oportunidades, que busca a realização de potencias, o encorajamento ao crescimento de seus funcionários e remoção de obstáculos. Segundo essa teoria o gerente é como um coordenador do processo de trabalho, ele deve desenvolver estruturas organizações que possibilitem os seus funcionários lutar para satisfação das suas necessidades pessoais ao mesmo tempo em que buscam alcançar os objetivos da organização. Possui também uma modelo gestão participativa onde os indivíduos podem opinar nas decisões da empresa, possibilitando assim maior autonomia dos indivíduos.
Teorias X e Y
  
Quando pensamos em motivação logo percebemos que ela diretamente ligada à liderança, ou seja, ao papel que o líder possui na esfera organizacional de criação de um ambiente onde todos os interesses possam convergir para um mesmo fim.
Argyris aborda o mundo da indústria de um ponto de vista totalmente diferente. Ele acredita que a organização é que tem que se adaptar ao indivíduo e não o contrário. Para tanto ele foca seu estudo no indivíduo não mais no grupo. De acordo com sua teoria cada pessoa tem o direito a manter suas necessidades de autoestima e auto realização e poder crescer dentro empresa em face às demandas da organização, ou seja, o trabalho de equipe.

Podemos citar diversos outros autores e suas teorias para exemplificar como se da à motivação no trabalho mas chegaríamos a mesma conclusão: a motivação é interna ao indivíduo por isso tem que partir do mesmo a vontade de se esforçar no trabalho para o desenvolvimento da organização, mas os fatores externos como o meio ambiente ao qual ele convive diariamente, os gestores, a sua equipe de trabalho, a forma de comunicação, como são tomadas as decisões na empresa, tudo isso pode influenciar ao funcionário para que ele se sinta motivado.




2 comentários:

  1. Muito bom o texto, e sem sombra de dúvidas a motivação é intrínseca ao indivíduo! Gostei da imagem que explica melhor as teorias X e Y! Parabéns ao grupo!

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  2. Uma das tarefas mais difíceis dentro do ambiente organizacional, compreender e aplicar a teoria!!!

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