terça-feira, 10 de junho de 2014

Adaptações dos Modelos de Gestão

Por Cristina Rodrigues

Quando as organizações são bem sucedidas elas tendem a crescer e se tornar mais diversificadas. Ocasionando níveis maiores de complexidade nos recursos que a ela disponibiliza para realização de suas operações, o incremento da tecnologia, aumento dos investimentos de capital financeiro e também o aumento do número de funcionários (capital humano). Qualquer empresa depende, em maior ou menor grau, do desempenho humano para obter o sucesso. Por esta razão, ela desenvolve e organiza uma forma de atuação sobre o comportamento dos seus funcionários, que se deu o nome de modelo de gestão de pessoas. Este modelo é determinado tanto por elementos internos (tecnologia adotada, produtos ou serviços oferecidos, estratégia de organização do trabalho, cultura organizacional e estrutura organizacional) quanto por elementos externos à própria organização (cultura de trabalho de certa sociedade, legislação trabalhista e o papel conferido ao Estado e demais agentes que atuam nas relações de trabalho).


Motta cita dois tipos de modelo de gestão de pessoas: o modelo instrumental, no qual ele descreve a valorização do perfil de gerente mais conservador e burocrático, onde a empresa é considerada um instrumento racional de produção. A gestão de pessoas tem a função de implantar estratégias para a maximização dos lucros e do desempenho dos funcionários, o pagamento é feito por produtividade e os funcionários possuem autonomia desde que seja para beneficiar a organização, assim evita-se conflitos. Este modelo já esta sendo substituído gradualmente pelo modelo político em que a função do gerente é de promover a participação e o debate. A eficiência econômica no ambiente da empresa é negociável, os funcionários são considerados atores que participam e influenciam nas mudanças organizacionais, buscando a concretização de seus interesses. O progresso econômico da empresa deve beneficiar não apenas os seus sócios e acionistas, mas toda a sociedade e os grupos organizacionais. A mudança organizacional é vista como algo benéfico e necessário para o seu desenvolvimento, neste modelo eles aceitam que o conflito é algo presente no seu cotidiano e pode ser superado através da negociação. A empresa é considerada como uma arena politica onde os atores sociais expõem suas estratégias, sendo que uns tem mais espaço de atuação do que outros.

Fischer define modelo de gestão de pessoas como a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho.  Ou seja, uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de gerenciar os comportamentos internos e externos, além de desenvolver o capital humano nas organizações.

Cada empresa deve adaptar e evoluir seu modelo de gestão de pessoas levando em conta as características dos elementos que a compõem e como ela interfere na vida organizacional. Sendo assim o modelo de gestão de pessoas definidos por ela deve diferencia-la em seu mercado, proporcionado à fixação de sua imagem e aumentando a sua competitividade.



Como podemos ver as pessoas são os alicerces da organização, são elas que usam suas habilidades, experiências, conhecimentos e capacidades como ferramentas para alcançar os objetivos da organização. Os funcionários dependem da empresa na qual trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Normalmente ser bem sucedido é sinônimo de crescimento dentro da organização. Por outro lado, as empresas dependem das pessoas que ali trabalham para o seu funcionamento. Para produzir os bens e serviços, para atender seus clientes, para competir no mercado, ou seja, para atingir os objetivos da empresa. Todavia as organizações não funcionariam se não houvesse pessoas para trabalhar, para oferecer parte de sua vida, sua inteligência, criatividade, seu tempo, energia e racionalidade para o bem e crescimento da mesma. Obtém-se uma relação mutua de dependência em que ambas as partes ganham benefícios.



Em 2013 foi feito a premiação das “150 Melhores Empresas em Práticas de Gestão de Pessoas” realizada há cinco anos pela revista Gestão & RH. Cinco dimensões foram avaliadas pela pesquisa: Liderança, Diversidade, Desenvolvimento de Pessoas, Qualidade de Vida e Comunicação. A Volkswagen do Brasil foi eleita a grande vencedora do ano. Reconhecida especialmente por suas práticas em Liderança, recebeu uma menção entre as nove empresas destacadas nessa dimensão. Como foi apresentado o capital humano é algo essencial para o bom funcionamento, crescimento e sucesso da organização. Empresas que têm essa meta procuram desenvolver uma área de gestão de pessoas. Preocupados com a qualidade de vida dos funcionários, que se dedicam em suas tarefas para melhorar o funcionamento da empresa, cria-se políticas para promover a retenção de talentos.



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