Por Cristina Rodrigues
Quando
as organizações são bem sucedidas elas tendem a crescer e se tornar mais diversificadas.
Ocasionando níveis maiores de complexidade nos recursos que a ela disponibiliza
para realização de suas operações, o incremento da tecnologia, aumento dos investimentos
de capital financeiro e também o aumento do número de funcionários (capital humano).
Qualquer empresa depende, em maior ou menor grau, do desempenho humano para
obter o sucesso. Por esta razão, ela desenvolve e organiza uma forma de atuação
sobre o comportamento dos seus funcionários, que se deu o nome de modelo de
gestão de pessoas. Este modelo é determinado tanto por elementos internos (tecnologia
adotada, produtos ou serviços oferecidos, estratégia de organização do
trabalho, cultura organizacional e estrutura organizacional) quanto por elementos
externos à própria organização (cultura de trabalho de certa sociedade,
legislação trabalhista e o papel conferido ao Estado e demais agentes que atuam
nas relações de trabalho).
Motta
cita dois tipos de modelo de gestão de pessoas: o modelo instrumental, no qual
ele descreve a valorização do perfil de gerente mais conservador e burocrático,
onde a empresa é considerada um instrumento racional de produção. A gestão de
pessoas tem a função de implantar estratégias para a maximização dos lucros e
do desempenho dos funcionários, o pagamento é feito por produtividade e os
funcionários possuem autonomia desde que seja para beneficiar a organização,
assim evita-se conflitos. Este modelo já esta sendo substituído gradualmente
pelo modelo político em que a função do gerente é de promover a participação e o
debate. A eficiência econômica no ambiente da empresa é negociável, os
funcionários são considerados atores que participam e influenciam nas mudanças
organizacionais, buscando a concretização de seus interesses. O progresso
econômico da empresa deve beneficiar não apenas os seus sócios e acionistas,
mas toda a sociedade e os grupos organizacionais. A mudança organizacional é
vista como algo benéfico e necessário para o seu desenvolvimento, neste modelo
eles aceitam que o conflito é algo presente no seu cotidiano e pode ser
superado através da negociação. A empresa é considerada como uma arena politica
onde os atores sociais expõem suas estratégias, sendo que uns tem mais espaço
de atuação do que outros.
Fischer
define modelo de gestão de pessoas como a maneira pela qual uma empresa se
organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Ou seja, uma associação de habilidades e
métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de gerenciar
os comportamentos internos e externos, além de desenvolver o capital
humano nas organizações.
Cada
empresa deve adaptar e evoluir seu modelo de gestão de pessoas levando em conta
as características dos elementos que a compõem e como ela interfere na vida
organizacional. Sendo assim o modelo de gestão de pessoas definidos por ela
deve diferencia-la em seu mercado, proporcionado à fixação de sua imagem e
aumentando a sua competitividade.
Como
podemos ver as pessoas são os alicerces da organização, são elas que usam suas
habilidades, experiências, conhecimentos e capacidades como ferramentas para
alcançar os objetivos da organização. Os funcionários dependem da empresa na
qual trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Normalmente
ser bem sucedido é sinônimo de crescimento dentro da organização. Por outro
lado, as empresas dependem das pessoas que ali trabalham para o seu funcionamento.
Para produzir os bens e serviços, para atender seus clientes, para competir no
mercado, ou seja, para atingir os objetivos da empresa. Todavia as organizações
não funcionariam se não houvesse pessoas para trabalhar, para oferecer parte de
sua vida, sua inteligência, criatividade, seu tempo, energia e racionalidade
para o bem e crescimento da mesma. Obtém-se uma relação mutua de dependência em
que ambas as partes ganham benefícios.
Em
2013 foi feito a premiação das “150 Melhores Empresas em Práticas de Gestão de
Pessoas” realizada há cinco anos pela revista Gestão & RH. Cinco dimensões foram
avaliadas pela pesquisa: Liderança, Diversidade, Desenvolvimento de Pessoas,
Qualidade de Vida e Comunicação. A Volkswagen do Brasil foi eleita a
grande vencedora do ano. Reconhecida especialmente por suas práticas em
Liderança, recebeu uma menção entre as nove empresas destacadas nessa dimensão.
Como foi apresentado o capital humano é algo essencial para o bom
funcionamento, crescimento e sucesso da organização. Empresas que têm essa meta
procuram desenvolver uma área de gestão de pessoas. Preocupados com a qualidade
de vida dos funcionários, que se dedicam em suas tarefas para melhorar o
funcionamento da empresa, cria-se políticas para promover a retenção de
talentos.
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