terça-feira, 29 de julho de 2014

Solução perfeita: utopia ou realidade?

Por Larianne Rezende

Não nos sobra dúvidas de que a todo instante estamos fazendo escolhas e buscando soluções para os nossos problemas diários, seja a escolha da roupa que usaremos hoje, ou até mesmo o que comer no almoço. Então, no mundo corporativo não poderia ser diferente não é mesmo?
Um gestor está constantemente rodeado de conflitos, incertezas, discussões, e por ai vai. E infelizmente, esses problemas se tornam grandes obstáculos dentro da realidade organizacional. Trata-se de uma utopia considerar que o administrador está consciente de todas as opções disponíveis para solucionar seus problemas. Na realidade, esse sujeito lança mão das suas experiências anteriores em situações semelhantes.
Mas isso seria o mais aconselhável? Será que assim o gestor estará tomando a solução cabível naquela circunstância? E é possível alcançar a solução perfeita? Esses questionamentos foram estudados por alguns teóricos organizacionais, sendo até hoje motivo de diversos debates.
Portanto, a proposta é fazer você, futuro administrador, refletir sobre a questão da tomada de decisão no âmbito corporativo. Mas para isso, você contará com as considerações as quais chegamos.
Primeiramente, o início desse processo se dá com a identificação do problema, o qual requer a atenção devida do gestor e a implantação de uma solução adequada. A partir daí, o administrador deve considerar as implicações que a sua escolha acarretará para a organização. Uma vez que o ambiente externo não se condoerá com um possível erro desse indivíduo. Logo, entendemos que no momento decisório deve se agir com a máxima racionalidade, mesmo sabendo que a racionalidade absoluta não será alcançada.
Chegamos ao ápice da tomada de decisão: sabemos que uma organização está sob a influência de diversas pessoas. Será que o dirigente tem a capacidade de prever o comportamento desses seres? E a resposta para essa pergunta é um NÃO, com letras maiúsculas. Justificado pelo fato de que não há como prever comportamentos e atitudes de alguém que é constituído por sentimentos e anseios.
Daí, o gestor se vê ainda mais pressionado pelos elementos que a sua solução poderá influenciar. Deste modo, ele deve ser cuidadoso e levar em consideração não só os objetivos empresariais, como também os funcionários, a sociedade em geral e o planeta. Além disso, é essencial ter em mente que nem todas as soluções alcançarão somente ganhos ou exclusivamente perdas. Por isso, vamos frisar mais uma vez: é necessário agir com a racionalidade, meu caro.
No entanto, agir dessa forma não é fácil... Motivo nº 1: não existe solução perfeita, pois é impossível decidir algo tendo conhecimento acerca de todas as opções e consequências, já o motivo nº 2 trata-se do sentimento de perda que nos toma quando optamos por uma solução e deixamos as outras de lado (isso normalmente ocorre até quando temos 99,99% de certeza de que essa é a melhor saída), e por fim o motivo nº 3 o qual coloca sob os ombros do administrador a responsabilidade plena sobre suas atitudes e decisões (assim, se algo der errado, só lhe dizemos uma coisa: a culpa é sua e de mais ninguém).
Por fim, depois de compreender os diversos aspectos que assolam a tomada de decisão. Fica aqui uma dica: sempre que se ver atordoado por ter que solucionar algo, lembre-se que o primeiro passo é fazer uma análise ampla da situação, buscando o máximo possível de alternativas e tomando conhecimento das consequências que a escolha implicará, controlando assim os fatores psicológicos e emocionais que te invadem nos momentos decisórios. Em segundo, procure assimilar qual solução resultará em maiores benefícios tanto para a organização como para o exterior dessa e qual a sua probabilidade de dar erros, tentando ser o mais realista possível. E o terceiro passo consiste na capacidade do gestor de relacionar se a sua solução priorizará os objetivos em um tempo maior, ou somente resolverá os problemas a curto prazo.
Acredite que não há uma receita mágica para a solução perfeita. O que verdadeiramente existe é aquela solução que será a mais adequada para o seu contexto. Comece a praticar mais e a tomar decisões baseadas em critérios estabelecidos por você. Enfim, seguindo esses conselhos o mundo organizacional ficará repleto de decisões bem pensadas e avaliadas e assim, decidir se tornará uma ação prazerosa para o gestor.

Vídeo: Mudanças Organizacionais


Um vídeo que explica sobre essas mudanças que são parte primordial do mundo organizacional


segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Essencialidade da Administração: dos gestores aos doutores

Por Vinícius Araújo


Caros amigos, seguidores do blog, o grande equivoco que muitas pessoas cometem é achar que somente as empresas e comércios precisam de administradores. No entanto, nossas vidas precisam de administração, embora não sejamos experts nessa ciência social estamos a todo o momento sendo forçados a tomar decisões, tentando controlar as coisas que nos rodeia, organizando as tarefas que executaremos, enfim, somos gestores de nossas vidas. Aqui, venho falar-lhes mais precisamente da gestão hospitalar. Será que os hospitais devem ser geridos como demais empresas? Quem são esses administradores? Como resolvem os conflitos?
De acordo com Amitai Etzioni, grande autor da teoria da burocracia, organizações burocráticas normativas são aquelas em que a fonte principal de controle dos participantes dos níveis mais baixos, bem como, a forma de organizar-se com relação à organização é caracterizada pelo alto nível de envolvimento, e este se baseia na internalização de normas aceitas como legítimas. Neste tipo de organização temos a presença dos hospitais.
Percebam que nas burocracias normativas a forma como as pessoas se envolvem e aceitam as normas é diferente. Nos hospitais, normalmente os diretores, presidentes, chefes de enfermarias, chefes de setores são pessoas que não fizeram graduação em administração, nem muito menos um MBA em Gestão de Pessoas. Quem alcança o alto escalão dentro dessas organizações tendem a ser os profissionais com altíssimo conhecimento técnico em medicina, enfermagem e odontologia.
Como em qualquer outra empresa, nos hospitais também acontecem conflitos. Nas grandes corporações, os administradores têm dificuldade para solucioná-los. Agora, imagine você a dificuldade que os médicos, enfermeiros, odontologistas, pessoas sem muito conhecimento em gestão, deve ter para administrar conflitos e lidar com pessoas! Assim como, nas “empresas comuns” ou, melhor dizendo, burocracias utilitárias o stress, choque de conflitos e interesses também existe nas organizações burocráticas normativas.

Outro ponto que gostaria de salientar neste texto é o quanto os profissionais da saúde estão perdendo o lado humanitário das relações. Quem já presenciou uma troca de turno em um hospital vai entender do que estou falando. O foco não é nos pacientes, mas sim em seus problemas: “O leito 52 continua vomitando, teve febre de manhã e o doutor já o examinou hoje! O leito 65 teve um infarto agora a tarde e recebeu a medicação correta!” Perceba que é tudo muito corrido, frio e sistemático e pouco importa o nome dos pacientes, algo lamentável. Os profissionais da saúde convivem com pessoas diariamente, no entanto não estabelecem relações harmoniosas. Os pacientes são carentes de algo mais humanitário.
Indo mais a fundo, percebemos que as relações são fracas não somente entre enfermeiro e paciente, mas entre os próprios profissionais. Simples intrigas, desavenças, discordâncias se tornam grandes problemas entre as pessoas dentro dos hospitais, não que as empresa estejam imunes a isso. Existem áreas que não se conversam, existe choque de ideologias, existe muito conflito, afinal o hospital também é uma burocracia. Não obstante, os gestores dos hospitais são doutores, pessoas de grande renome e reconhecimento por seu trabalho e muitas das vezes não conseguem resolver os vários problemas que são exigidos de um gestor.
Não são somente as empresas que precisam de bons administradores. Do que seria um colégio sem um bom líder no comando? E uma universidade? Burocracias híbridas, normativas, utilitárias, coercitivas todas essas precisam de administradores. Nos hospitais, em particular, os doutores que estão nos cargos de chefia precisam de conhecimento sobre gestão para poder aliar com o grande conhecimento técnico que possuem. Os enfermeiros, líderes de equipes, precisam constantemente de capacitação em administração de conflitos, precisam ver as coisas com um olhar mais humanizado e social, pois provavelmente os ajudará a vencer a frieza, o desamor que acabam adquirindo com os anos de profissão.
Muitas das vezes, os erros médicos acontecem pela sobre carga de trabalho a qual esses profissionais são submetidos. Cuidar da vida de outro é algo muito sério, e qualquer erro pode ser fatal, assim a pressão sobre enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem é muito grande, talvez até pior que aquela exercida sobre os profissionais que mundo corporativo. E nesse ambiente de sobriedade, impassibilidade e apoquentação “um copo d’agua se transforma em uma tempestade”, os conflitos são comuns, mas a gestão é fraca.
Concluindo, a administração é uma ciência essencial em qualquer tipo de organização, estrutura ou sistema. As clássicas funções de planejar, organizar, dirigir e controlar não devem ficar restritas apenas ao mundo corporativo. Ao contrário, elas devem ser enriquecidas e utilizadas em qualquer tipo de organização humana, incluindo ONGs, família, hospitais, escolas, prefeituras, estado.

Regras: entre o apego excessivo 

e o estatuto para inglês ver


Por Vinícius Araújo


Na sociedade e até mesmo dentro de nossos lares não estabelecemos relações harmônicas com todos. Nas organizações não poderia ser diferente. As empresas não estão em um mundo à parte da sociedade, ao contrário, elas estão inseridas nela e, portanto são fortemente influenciadas cultural e socialmente. Existem conflitos, choques de ideologia, áreas que não conversam entre si, interesses de coalização dominante e muitas vezes negociações que burlam a regra. Será que a regra imposta no estatuto é sempre seguida não importando a situação? As decisões tomadas são impessoais? A igualdade burocrática ainda existe? Ou será que é impossível seguir à risca o que manda a burocracia?
Imagine-se vivendo a seguinte situação: Você acaba de passar em um concurso público de altíssima remuneração. É a realização de um sonho. Após ficar sabendo o resultado, começa a correria para providenciar uma série de documentos exigidos pela entidade. São cópias e mais cópias autenticadas, formulários a serem preenchidos, horas gastas em filas de cartórios, muitos e-mails com documentos scaneados, fotos 3x4 e outras exigências. Seguro de que todos os documentos pedidos estão completos e os formulários preenchidos, você resolve ir até o local onde a pilha de papel será entregue. Chegando lá, o funcionário começa a conferir todos os envelopes e percebe que está faltando preencher o formulário XPTO, da segunda guia localizada na parte superior da folha 225. Para preenchê-lo você gastará apenas 15 minutos, no entanto você não poderá fazer isso naquele momento, pois há um fila com outros candidatos que precisam ser atendidos. O atendente lhe pede para preencher o que está faltando em outro balcão, voltar para o final da fila, e aguardar sua vez para ser atendido novamente. Algo que provavelmente não durará menos que 1 hora.
Na situação relatada acima, não seria mais fácil o funcionário orientar a pessoa no momento do atendimento e resolver o problema de uma só vez? No entanto, no estatuto daquela empresa a regra é clara para situações como esta e o funcionário apenas a seguiu. O apego excessivo as regras burocráticas gera o que Merton chamava de disfunção da burocracia.
Robert Merton, por meio de seus estudos, sublinhou que os burocratas são treinados para confiar exclusivamente nas regras e procedimentos escritos. Sendo assim, eles não seriam encorajados a ser flexíveis e usar mais o seu raciocínio no momento de tomar as decisões. Ele ainda receava que a essa rigidez a regra levasse a um “ritualismo burocrático”, o que seria uma situação na qual as regras são protegidas a todo custo, mesmo nos casos em que outra situação pudesse ser melhor para a organização. Merton temia que chegássemos ao ponto de que a aderência às regras burocráticas pudesse assumir prioridade sobre os objetivos subjacentes à organização. Neste ponto, temos a disfunção da burocracia. Grande parte das pessoas tem uma imagem negativa da burocracia, talvez por serem tão acostumadas com as suas disfunções.
Acontece que se as regras forem seguidas à risca, conforme manda o estatuto da empresa, o sistema para, pane total. Imagine se um médico se recusa a atender um paciente que atrasou 15 minutos do horário marcado? Certamente seria um grande problema principalmente se o profissional fosse bastante requisitado. Sabe-se lá quando haveria uma nova vaga na agenda do médico. Não podemos ter apego excessivo às normas, pois eventualidades acontecem e precisamos estar aptos a trabalhar com a adversidade. O mundo corporativo muitas vezes é volátil, incerto, ambíguo, complexo.
Algumas empresas não permitem que os funcionários mantenham relações conjugais entre si. Mas ninguém controla os sentimentos alheios, não é verdade? O que fazer se um gerente se apaixonar por uma recepcionista? Ou se uma atendente mantiver relações amorosas com seu supervisor que é casado com analista de sistemas? Muitas vezes, essas e outras situações acontecem, e acreditem, não é de maneira velada. Todos da empresa sabem, mas as regras organizacionais não permitem. Como gestor dessa empresa, o que você faria?
Muitos gestores se omitem a tomar decisões como esta. Se ele seguir o que manda o estatuto, pode acontecer de os vínculos serem destruídos, a produtividade cair, os funcionários ficarem desmotivados e em alguns casos, não tão extremos, pedirem demissão. Mas, se ele não seguir o que manda o estatuto e permitir que as pessoas continuem mantendo relacionamentos amorosos, podem acontecer intrigas por ciúmes, perda de credibilidade por parte daqueles que seguem as regras e outras consequências.
Particularmente, acredito que o apego excessivo à burocracia causa seu principal problema: “o travamento do sistema”. Por outro lado, não podem existir estatutos apenas para “inglês ver”. Assim, cabe à organização impor somente aquilo que ela conseguirá cumprir. Em um ambiente corporativo, até mesmo com um exímio planejamento, situações novas aparecerão e algumas exceções terão que ser feitas, até mesmo porque, impessoalidade e igualdade burocrática são coisas que, literalmente, não existem nas organizações. 

Uma viagem na teoria sistêmica


Por Larianne Rezende


Já parou para pensar o quanto a sua vida está relacionada ao pensamento sistêmico? Quais são todos os sistemas que influenciam diretamente no seu dia-a-dia? E mais, pense se o todo teria sentido sem as partes, e as partes sem o todo? Esses dois elementos possuem interdependência?
Bem, todas as respostas para essas perguntas giram em torno de um conceito: os sistemas. O qual pode ser compreendido como o conjunto de elementos interligados que se interagem entre si, dando a ideia de totalidade e de interdependência entre as partes. Sendo assim, você possui alguma noção sobre o quanto este termo está incrustado no seu “eu”?
São vários os ramos de conhecimento que se utilizam desse vocábulo. Porém, ele não se restringe apenas à teoria. Também o encontramos na prática, uma vez que estamos rodeados de sistemas, sejam eles de ensino, transporte público, político, financeiro, administrativo, e por ai vai.
E foi o grande pensador Von Bertalanffy que gastou horas e mais horas do seu tempo refletindo acerca desse assunto, até o momento em que publicou suas conclusões no que ele chamou de Teoria Geral dos Sistemas em 1956. Vale ressaltar, que o propósito desse autor era distinto daqueles que até então haviam tido. O que ele realmente queria era teorizar sobre os sistemas de forma a integrar todas as ciências existentes, a fim de proporcionar aos demais uma compreensão genérica e totalizadora sobre essas.
Além disso, o estudo desse biólogo alemão ainda é crucial nos dias de hoje para se compreender o que são e como se interagem o que denominamos de sistemas. Já deu para perceber que a sua contribuição foi grande, não é mesmo? Afinal, foi o primeiro pesquisador que conseguiu trazer uma visão holística, abrangente e compreensiva acerca de tal tema.
Agora vamos refletir... Qual a relação existente entre a teoria geral dos sistemas e a administração? Então, o x dessa questão se encontra no fato da teoria geral dos sistemas colaborar com o entendimento do sistema em sua totalidade, assim sendo, não é surpresa para ninguém que a administração tem como um dos seus objetos de estudo a organização. Dessa forma, a teoria geral dos sistemas contribuiu substancialmente para que a ciência administrativa pudesse entender a organização juntamente com as partes que a compõe, a partir do seu ambiente interno e externo.
  A partir dessas considerações, podemos afirmar que a organização deve ser estudada e analisada como sendo sistemas dentro de sistemas. Afinal, porque isso? Pois, uma vez que a organização é composta por seres humanos, temos que ter a consciência de que eles terão comportamentos imprevisíveis, uma vez que a interação entre os elementos de um sistema é crucial. Ademais, o conceito de sistema aberto se aplica perfeitamente à uma organização. Basta pensarmos que se trata de um sistema criado pelo ser humano e que a todo momento passa por trocas recíprocas de influência com o ambiente.

  Diante desses pressupostos, o que podemos concluir com essa tão importante teoria? Bem, antes de mais nada fica aqui um conselho: você, que fez ou está cursando administração, precisa entender sobre os estudos acerca dos sistemas, uma vez que explica vários fenômenos de interação e interdependência dentro do mundo corporativo. Pensando dessa forma, chegamos a resposta para a questão mencionada acima: a realidade ao nosso redor está formado por micro e macro sistemas. Alguns, que já estão tão interiorizados em nossa vida que passam despercebidos sob nosso olhar. Porém, não nos sobra dúvidas acerca da importância que tais sistemas possuem e do quanto explicam vários acontecimentos de nosso cotidiano.
       Baseado nessa premissa só nos resta, como futuros administradores, nos atentar aos detalhes que compõem o todo e as diversas influências que esse todo está submetido. Para que então possamos diagnosticar onde as partes estão interagindo de forma harmônica, e consequentemente, alcançando os objetivos estabelecidos e onde elas estão divergindo, logo, prejudicando o sistema em sua totalidade e interdependência.
   Assim, ficam aqui algumas reflexões que espero respondê-las quando mais e mais estudiosos derem sequência ao significativo trabalho de Von Bertalanffy. Mas, que por enquanto, podem ser discutidas entre os que vivem rodeados de sistemas organizacionais. Existiria alguma outra forma de analisarmos o todo e suas partes sem se relacionar ao sistema? Há alguma possibilidade de existir partes que trabalham de forma isolada, sem dependerem de outras? Atualmente, o trabalho de Von Bertalanffy já pode ser considerado ultrapassado, ou seja, já se tem hipóteses de que os sistemas já evoluíram de tal forma, que a teoria geral não os explica totalmente? E por fim, em um mundo tão globalizado como o que vivemos, será que podemos afirmar que todos os sistemas estão sob um único sistema?
        Enfim, desejo-lhes uma boa reflexão, acompanhados das inspirações de Von Bertalanffy e sua teoria geral dos sistemas!


            

terça-feira, 8 de julho de 2014

Estruturalismo

                                                                                           Por Cristina Rodrigues




segunda-feira, 7 de julho de 2014

O estruturalismo e sua presença nas organizações

Por Matheus Oliveira

Como podemos definir a organização? Existem muitas definições e todas elas se encontram em um ponto: as organizações são sistemas estruturados que reúnem indivíduos para que seja atingido um objetivo comum. No entanto, sabemos que o conceito de organização é muito mais complexo que isso, pois não existem apenas relações formais entre os indivíduos, além disso, existem outras partes componentes da estrutura.
As estruturas estão presentes em tudo o que nos cerca, dentro de nós, inclusive, temos vários sistemas celulares, do mais simples ao mais complexo e isso também ocorre nas empresas. Nas organizações podemos perceber várias estruturas, como por exemplo, prédios, pessoas, departamentos, a própria cultura organizacional, etc.
Acontece que nem sempre essas estruturas são percebidas por todos que compõem a organização, pois isso varia de acordo com o foco que o indivíduo adota em sua percepção. No campo da Administração as estruturas são vistas como o modo que as organizações estão estruturadas. A partir daí surge um importante conceito: o Estruturalismo.
Com base nisso é possível compreender que as organizações são formadas por sistemas interligados onde o coletivo se sobressai aos indivíduos. O todo não é apenas o somatório das partes, uma vez que, existem várias relações entre elas e em cada uma existem elementos que geram dependência ao todo.
 O estruturalismo surgiu da união entre o enfoque formal da Escola Clássica e do informal da Escola das Relações Humanas resultando em uma organização mais complexa. Os estruturalistas vieram reforçar a ideia de que existem conflitos de interesses entre os indivíduos e a organização e até mesmo divergências de ideias entre os próprios indivíduos que compõem a empresa. Além disso, eles apontam que os conflitos não podem passar despercebidos bem como não podem ser totalmente solucionados. Dessa forma, eles são apenas amenizados, alcançando, pois, uma relativa harmonia e nunca deixando de existir.
Ainda de acordo com o estruturalismo, o conflito deve ser usado como forma de crescimento e para resolver alguns dos problemas organizacionais, pois ele gera mudanças e inovações à medida que soluções são alcançadas. Por meio de um processo cíclico, soluções atingidas levam a novos conflitos e consequentemente novas soluções e inovações. A partir desses antagonismos surgem as fontes de cooperação, que podem ser reais ou supostas dependendo do contexto existente. Para resumir: Os conflitos e a cooperação fazem parte do dia a dia das empresas.
As organizações surgiram para atender necessidades sociais e hoje é praticamente impossível pensar em realizar qualquer tipo de atividade que não envolva uma organização, famílias, instituições religiosas, empresas, Estado, estão presentes no cotidiano das pessoas e elas são interdependentes para o atingimento de seus objetivos, pois a atividade de uma, permite a realização das atividades das outras.
Realizando uma análise temporal, percebe-se que, inicialmente, a natureza era a única base para a sobrevivência, com o surgimento do trabalho, os elementos naturais passaram a ser modificados. Em seguida, com a transição feudo-capitalista, o capital tornou-se fator básico da vida social. Hoje, dentre outros aspectos, a organização utiliza de seus indivíduos para atingir seus objetivos, ignorando, muitas vezes, as vontades particulares de cada um.
No que diz respeito às organizações propriamente ditas, o estruturalismo buscou estudar as estruturas internas e a sua interação com o ambiente externo, incluindo a sociedade, mostrando que existe uma forte interdependência entre eles e que isso forma um conjunto. Surge o conceito do “homem organizacional”, um ser que desempenha um papel cooperativista e coletivista passando a desempenhar vários papeis nas organizações, flexível devido à diversidade da vida moderna e das múltiplas tarefas que faz.
A partir desse momento, o homem precisa ser tolerante às frustrações para evitar desgastes emocionais e deve ser capaz de adiar as recompensas em detrimento das vocações pessoais, mas mantendo o desejo de realização. Além disso, o indivíduo deve entender não apenas sua tarefa, mas o sentido do seu trabalho em relação à organização e à sociedade.

Portanto para os estruturalistas tudo em nosso meio é composto de estruturas, incluindo as empresas. Essas organizações são interdependentes e compostas por indivíduos que passam a desempenhar cada vez mais tarefas e se torna interessante que as pessoas entendam sua importância como componente do todo, ou seja, o sentido que seu trabalho tem. Os meios de controle passam a ser cada vez mais diversificados e presentes no ambiente organizacional. Às organizações, cabe entender até onde impactam suas atividades e relações com o meio que pertencem.

A aplicação da Racionalidade nas Organizações

Por Matheus Oliveira

Na atualidade, o ambiente corporativo vem sofrendo algumas mudanças na gestão dos recursos e pessoas, porém deve-se lembrar de que algumas práticas ainda permanecem as mesmas, isto é, mesmo havendo certa modernização na forma de gerir, as empresas ainda não conseguiram abrir mão de determinadas diretrizes que têm um enfoque muito maior na busca por produtividade e rentabilidade em detrimento à preocupação com as relações humanas de seus funcionários.

As práticas adotadas pelas organizações, com o intuito de atingir a lucratividade e alavancar a produção, são inúmeras como, por exemplo, a elaboração, definição e adoção de processos produtivos padronizados que buscam uma maior eficiência. Mesmo assim, muitas empresas procuram vender a imagem que são menos verticalizadas e que seus funcionários participam ativamente das decisões, no entanto sabemos que essa prática é mais uma tática organizacional, ou seja, não existe preocupação com o funcionário em si, a busca ainda é pelo atingimento dos objetivos da empresa e tal participação nas decisões não existe de fato.
Para explicar um pouco do que acontece no cotidiano das organizações é preciso entender, antes, dois conceitos básicos que são notados nas práticas organizacionais, trata-se da Racionalidade Instrumental e Racionalidade Substantiva. Esta é ligada a fatores importantes para os indivíduos, como por exemplo, a autorrealização, o julgamento ético, a autonomia, entre outros fatores. Aquela, em linhas gerais, pode ser definida como todo o conjunto de práticas adotadas pela organização que focam apenas em produtividade e rentabilidade, representada por uma rígida hierarquia, pela busca da maximização de recursos da empresa, pelo utilitarismo e pelo foco no desempenho.

Diante disso, nota-se claramente que as organizações são sistemas em que há predominância da Racionalidade Instrumental, o que significa dizer que os gestores, normalmente, estão muito mais preocupados com os objetivos organizacionais no que diz respeito à busca por produtividade que acabam deixando em segundo ou terceiro plano a autorrealização e outros fatores comportamentais de seus funcionários, mesmo sabendo que as relações humanas são importantes.
O que se tem, em praticamente todas as áreas da empresa, é um trabalho focado em metas individuais ou coletivas que estão sempre aliadas com a busca por otimização dos processos e do tempo, além da redução dos custos. Embora as hierarquias tenham se tornado menores não significa dizer que tenham se tornado menos burocráticas. As relações de poder ainda são muito fortes e presentes no ambiente de trabalho, grupos informais existem como em qualquer outro lugar e as decisões, contrariando a proposta de Weber, não são tão impessoais como deveriam ser.

A maioria das pessoas não se sente valorizada e percebe que seus interesses vão, muitas vezes, em desencontro com os que a organização tem para elas. Além disso, os funcionários se sentem pressionados a cumprir tarefas rotineiras em um uma quantidade de tempo irreal, fazendo com que eles, normalmente não suportem tamanha pressão e venham a desenvolver problemas ocupacionais. Isso é mais uma característica de empresas que aplicam fortemente a racionalidade instrumental.
Em suma, os fatores humanos têm sido deixados de lado pelos gestores que ainda continuam com uma visão nos aspectos estruturais internos da organização. De qualquer forma, não se pode negar que houve um avanço nesse sentido, se comparado com décadas atrás. Exemplo disso é a existência de áreas de departamento humano e organizacional, como o RH. Sabe-se que os indivíduos possuem objetivos e interesses distintos um dos outros e que para um bom desempenho no emprego, as organizações precisam levar isso em consideração.
Na busca de atender os diferentes interesses dos funcionários, as empresas usam fatores motivacionais para dominar e influenciar os indivíduos que a compõem e quando isso não funciona, as pessoas são prontamente substituídas, já que são vistas como meras peças.
Porém não se deve pensar que todas as organizações trabalham dessa forma. Algumas empresas começam a dar um pouco mais de valor aos seus funcionários. Mesmo que o enfoque no objetivo da empresa ainda esteja presente. A elaboração de planos de carreira, a preocupação com a manutenção da saúde psicológica de seus colaboradores, como são chamados, a elaboração e realização de atividades de lazer, a criação de ambientes de relaxamento, a realização de confraternizações, o oferecimento de atividades de alongamento, entre outras coisas, são exemplos de que já existe a presença da Racionalidade Substantiva nas organizações.

Dessa forma podemos observar que em todas as organizações estão presentes tanto a racionalidade instrumental quanto a subjetiva, sendo que apenas o grau de sua aplicação que varia. Será um erro dar prioridade ao instrumentalismo? Alguns estudiosos apontam que sim, porém só haverá uma resposta em definitivo com o decorrer do tempo e com a evolução nos estudos relacionados à Administração.

O Homem e o Trabalho

Por Daniellie Ribeiro

É imprescindível saber que o trabalho foi, é e sempre será essencial para o homem. Por se tratar de uma ação própria do homem na qual ele transforma e melhora os bens da natureza, pode-se afirmar que não haverá um dia na terra em que não será necessário trabalhar. Assim, o valor do trabalho está no próprio homem, ou seja, está em sua própria função.
O homem possui uma profunda necessidade de se encontrar, de se descobrir, de se moldar e se modificar. Somente através do trabalho que o homem pode ter essa capacidade. E é através da empresa (uma instituição decisiva para o desenvolvimento econômico) que o homem pode expressar toda sua criatividade e sua capacidade para enfrentar os desafios econômicos, sociais e culturais do presente momento. As raízes da capacidade de empreender se encontram na pessoa humana.
É somente o próprio homem que pode conseguir encontrar a plena satisfação, de modo que depende dele mesmo: não do que ele faz, mas de quem o faz e do modo como o faz. Consequentemente, o valor do trabalho não é o tipo de trabalho que se realiza, e sim o fato de quem o executa ser uma pessoa. Pois,  o trabalho pode representar o campo em que o caráter de algo único do indivíduo se relaciona com a comunidade, recebendo assim o seu sentido e o seu valor.
Em outras palavras, o caráter insubstituível da vida humana, é a consonância com o seu próprio caráter único. Pois, não é um determinado tipo de profissão que pode oferecer ao homem a possibilidade de alcançar a plenitude, mas sim, a maneira como eu realizo essa profissão para contribuir com a comunidade e dar sentido e valor a si.
Por se saber que os maiores problemas nas empresas atuais são os antropológicos e sociológicos, e não os tecnológicos, o atual gestor não só deve entender de estratégias como também conhecer o homem e suas circunstâncias sociais. Assim, o homem que restou do fracassado sistema moderno deve ser reinventado a partir de postulados de uma nova sensibilidade: o humanismo. Para a dinamização da sociedade e a ascensão liberdades pessoais e públicas.
Ao analisarmos o sentido da vida individual com a união com Deus, na história e, depois na história, até a eternidade, cria-se uma hipótese que define o humanismo como o homem-superior, advindo do estudo de duas inseparáveis e complementares antropologias. De acordo com a antropologia empírica o homem pertence ao reino animal por possuir um corpo, no entanto, por ser provido de razão ele representa uma espécie única, sendo o único ser capaz de se conhecer, se autodeterminar e se definir. A antropologia metafísica visando complementar a empírica penetra na essência do homem e diz que o homem é um ser material, espiritual e social. Por possuir um espírito que não é somente matéria, ele não será movido ou motivado somente por fatores materiais. E por ele ser de uma natureza ao mesmo tempo material e espiritual, ele também é considerado um ser social, ou seja, um ser que só pode encontrar a plenitude ao estar inserido dentro da sociedade.

A antropologia metafísica sustenta ainda que a alma humana é de natureza espiritual, livre e imortal por ser a sede da razão. O corpo é de natureza material, e mesmo sem considerar um resultante do outro, juntos eles formam a unidade substancial da natureza humana. Esta antropologia do homem-superior adquire sua dimensão mais profunda quando faz duas significantes considerações. A primeira, ao dizer que, é da vida social e material do homem a realidade de cometer erros, pecados e até mesmo da sua vontade de cometer atrocidades/maldades. A segunda, se dá no fato de Deus criar o homem na matéria para comprovar em sua alma a semelhança com a divindade; e para testemunhar que o valor da pessoa(por ser vinculada a alma espiritual) que cria a dignidade da pessoa, e esta dignidade é superior a todo que qualquer valor já existente.
Acredita-se que o homem possui um caráter único e irrepetível (uma missão), determinado por sua consciência/dignidade de desempenhar na vida uma tarefa concreta e pessoal. A missão não muda somente de homem pra homem, muda também de hora a hora, em decorrência do caráter irrepetível de cada situação.
Ao entender o trabalho humano pode-se criar um método mais prático para trabalhar. Quando a empresa define claramente a sua missão e atua em sua consequência ela tem o homem do seu lado, pois ele, que é a razão da atividade empresarial, atua da mesma maneira. No fim, a essência do trabalho permanece inalterada. Em qualquer caso o ser humano tem evoluído em tecnologia e regredido em sua própria essência/índole, pois quando ele molda e muda a natureza, não para moldar e modificar ao seu próprio ser, e sim para desfrutar de coisas materiais (capital, lucro e prêmios) ele acaba por ir contra o seu principal valor/fundamento que é seu caráter, sua dignidade.


As organizações devem se adequar e compreender o verdadeiro homem, que é o homem-superior, “um ser capaz de pensar, agir, criar, aprender, errar, melhorar, evoluir, conviver, refletir, entender, fazer, refazer, multiplicar, observar, conversar, escutar, desenvolver, encantar, sorrir, ajudar, andar, compreender, rezar, amar, acreditar, superar, persistir, vencer, sobreviver, viver, realizar, etc.” Com toda certeza somos capazes de tudo isso e muito mais, é por isso que precisamos tanto trabalhar e principalmente realizar esse trabalho da melhor maneira possível, não por querer o dinheiro no final do mês e sim por querer realizar. Só quando a empresa entender esse lado do homem que poderemos evoluir não só física e materialmente, mas espiritualmente.

A importância da ética dentro das organizações

Por Daniellie Ribeiro

Decorrente da ruína dos sistemas de valores criados e cultivados pelo modernismo, a ética se torna essencial principalmente dentro do meio empresarial. Nos últimos anos, observa-se uma sociedade desiludida, sem qualquer confiança na técnica, sem esperança na história e na ciência, uma sociedade sem limites que visa somente o progresso ligado ao lucro.
Diante dos perigos que o desenvolvimento selvagem da modernidade traz a sociedade, existem proposições para regulamentar o comportamento humano que tem sido pessoal, social e irresponsável. Com a finalidade de regulamentar o comportamento humano, a ética é aliada da verdade, fundamenta-se com o entendimento da possibilidade da verdade, pois sem uma adequada definição de verdade não se pode esperar uma postura ética consistente.

Uma verdade está no fato de que quando nos referimos ao homem, estamos nos referindo às pretensões que ele pode ou não realizar. Por ser um ser histórico, o homem é o principal componente da história, por ser ele quem a faz. Como ele é condicionado a realizar uma escolha dentro de um sistema de exigências e possibilidades que lhe é apresentado, o homem se apresenta como o nosso principal objeto de estudo.


O critério decisivo para considerar uma decisão ética ou não é determinado pela “aceitabilidade social”. Essa aceitabilidade dificulta a inserção da ética dentro das organizações. Por isso, sem a avaliação ética das ações humanas, que não depende somente de suas consequências externas, e sim das que causa no interior do próprio sujeito que a realiza, não tem como colocar a ética dentro das organizações.
Como são as organizações que cedem ao homem os meios para a realização do trabalho, a organização será cada vez mais organização, se o homem que nela trabalha for cada vez mais homem. A ligação entre o desenvolvimento da qualidade ética e a qualidade dos objetivos organizacionais é uma realidade, e como a empresa é um sistema aberto que recebe influências e influencia, para construir uma ética empresarial, ou seja, uma ética dentro do meio organizacional se faz necessário uma série de adaptações por meio da organização e dos funcionários, com o objetivo de integrar todos na missão da empresa.
A inserção da ética dentro da organização é uma tarefa bastante difícil, devido à dificuldade da “aceitabilidade social”. Para que essa aceitabilidade ocorra às pessoas devem se submeter à racionalidade econômica em busca de um desenvolvimento humano aceitável. Pois, como vimos o único racional é investir no desenvolvimento ético das pessoas que formam parte da organização, de tal modo que é esse investimento num longo prazo que trará o êxito para empresa. Assim temos a fundamental necessidade de entender o homem-superior, para ajudar com os sistemas informais presentes dentro da organização.
A empresa, quando age de modo ético, presta atenção às questões ambientais e sociais da sociedade e nas capacidades operacionais de seus funcionários. Isso faz com que ela desenvolva melhores estratégias que visam tanto uma melhora no desenvolvimento das capacidades operacionais de seus funcionários como atingir seus próprios objetivos. A empresa de acordo com o seu caráter e seus valores deve traçar uma missão para seguir. Essa missão para ser atingida implica na missão de cada indivíduo que compõe a empresa, e para que ambas sejam atingidas, a empresa deve focar na satisfação das diversas necessidades de seus funcionários na busca por desenvolver as capacidades tanto operacionais como afetivas das pessoas que constituem a empresa. Ao fazer isso, a empresa consegue almejar seus objetivos (missão), e também seus fins econômicos, e o melhor disso tudo sem ferir os valores morais das pessoas.

A ética é essencial para a organização, e não só para ela, mas para tudo que compõe a sociedade em geral, uma sociedade que é hoje completamente egoísta e imatura, sem ética, sem valor e sem moral, completamente manipulada pela mídia, pelo poder, pela corrupção. A ética juntamente com o ser humano visto como um homem-superior que é a solução para evolução da sociedade, tanto material como espiritual e social.
O fato da inclusão de pessoas com deficiência dentro do mercado de trabalho ser hoje um assunto polêmico mostra que a ética não está entranhada dentro da sociedade como um todo. Em pensar que as empresas inventam diversas desculpas para não inserir o deficiente na sua empresa pois na visão delas o deficiente intelectual só atrapalha, já que elas necessitariam investir tanto em tempo como em dinheiro para talvez ocorrer a adaptação dele. Por isso, é muito rara a empresa que realmente investe no deficiente para que ele possa trabalhar, por existir uma lei que obrigue algumas empresas a inserir o deficiente, a maioria delas opta por pagar um salário mínimo a ele, sem nem mesmo ir à organização, de modo, que a inserção do deficiente aconteça somente no papel, assim elas não precisam se adaptar a ele, o que fica mais barato.

A questão é que a sociedade de hoje é uma sociedade fadada, pois visa somente o retorno financeiro, sem existir qualquer preocupação com o caminho trilhado para o alcance desse retorno. A pergunta é, como queremos ser daqui pra frente? Será que vale tudo pra alcançar a riqueza/poder? Devemos investir em pessoas com deficiência? Se não, então não devemos investir em nós mesmos, afinal todos possuímos algum tipo de dificuldade ou mesmo deficiência. Será que se formos mais humanos poderemos realmente evoluir em ambas as partes? E se a ética for inserida na organização, realmente obteremos melhorias? São pontos importantes que ficam para reflexão.