Solução perfeita: utopia ou realidade?
Por Larianne Rezende
Não nos sobra dúvidas de que a todo instante
estamos fazendo escolhas e buscando soluções para os nossos problemas diários,
seja a escolha da roupa que usaremos hoje, ou até mesmo o que comer no almoço.
Então, no mundo corporativo não poderia ser diferente não é mesmo?
Um gestor está constantemente rodeado de conflitos,
incertezas, discussões, e por ai vai. E infelizmente, esses problemas se tornam
grandes obstáculos dentro da realidade organizacional. Trata-se de uma utopia
considerar que o administrador está consciente de todas as opções disponíveis
para solucionar seus problemas. Na realidade, esse sujeito lança mão das suas
experiências anteriores em situações semelhantes.
Mas isso seria o mais aconselhável? Será que assim
o gestor estará tomando a solução cabível naquela circunstância? E é possível
alcançar a solução perfeita? Esses questionamentos foram estudados por alguns
teóricos organizacionais, sendo até hoje motivo de diversos debates.
Portanto, a proposta é fazer você, futuro
administrador, refletir sobre a questão da tomada de decisão no âmbito
corporativo. Mas para isso, você contará com as considerações as quais
chegamos.
Primeiramente, o início desse
processo se dá com a identificação do problema, o qual requer a atenção devida
do gestor e a implantação de uma solução adequada. A partir daí, o
administrador deve considerar as implicações que a sua escolha acarretará para
a organização. Uma vez que o ambiente externo não se condoerá com um possível
erro desse indivíduo. Logo, entendemos que no momento decisório deve se agir
com a máxima racionalidade, mesmo sabendo que a racionalidade absoluta não será
alcançada.
Chegamos ao ápice da tomada de decisão: sabemos que
uma organização está sob a influência de diversas pessoas. Será que o dirigente
tem a capacidade de prever o comportamento desses seres? E a resposta para essa
pergunta é um NÃO, com letras maiúsculas. Justificado pelo fato de que não há
como prever comportamentos e atitudes de alguém que é constituído por
sentimentos e anseios.
Daí, o gestor se vê ainda mais pressionado pelos elementos
que a sua solução poderá influenciar. Deste modo, ele deve ser cuidadoso e
levar em consideração não só os objetivos empresariais, como também os
funcionários, a sociedade em geral e o planeta. Além disso, é essencial ter em
mente que nem todas as soluções alcançarão somente ganhos ou exclusivamente perdas.
Por isso, vamos frisar mais uma vez: é necessário agir com a racionalidade, meu
caro.
No entanto, agir dessa forma não é fácil... Motivo
nº 1: não existe solução perfeita, pois é impossível decidir algo tendo
conhecimento acerca de todas as opções e consequências, já o motivo nº 2
trata-se do sentimento de perda que nos toma quando optamos por uma solução e
deixamos as outras de lado (isso normalmente ocorre até quando temos 99,99% de
certeza de que essa é a melhor saída), e por fim o motivo nº 3 o qual coloca
sob os ombros do administrador a responsabilidade plena sobre suas atitudes e
decisões (assim, se algo der errado, só lhe dizemos uma coisa: a culpa é sua e
de mais ninguém).
Por fim, depois de compreender os diversos aspectos
que assolam a tomada de decisão. Fica aqui uma dica: sempre que se ver atordoado
por ter que solucionar algo, lembre-se que o primeiro passo é fazer uma análise
ampla da situação, buscando o máximo possível de alternativas e tomando
conhecimento das consequências que a escolha implicará, controlando assim os
fatores psicológicos e emocionais que te invadem nos momentos decisórios. Em
segundo, procure assimilar qual solução resultará em maiores benefícios tanto
para a organização como para o exterior dessa e qual a sua probabilidade de dar
erros, tentando ser o mais realista possível. E o terceiro passo consiste na
capacidade do gestor de relacionar se a sua solução priorizará os objetivos em
um tempo maior, ou somente resolverá os problemas a curto prazo.
Acredite que não há uma receita mágica para a
solução perfeita. O que verdadeiramente existe é aquela solução que será a mais
adequada para o seu contexto. Comece a praticar mais e a tomar decisões
baseadas em critérios estabelecidos por você. Enfim, seguindo esses conselhos o
mundo organizacional ficará repleto de decisões bem pensadas e avaliadas e
assim, decidir se tornará uma ação prazerosa para o gestor.
Texto bastante interessante, principalmente por ressaltar que não há uma solução ideal como vem sendo bastante debatido em sala, existem diversas soluções que dependem do ambiente em que são adotadas para darem certo ou não.
ResponderExcluirO texto retrata muito bem essa difícil tarefa de tomar as decisões certas. Parabéns!!
ResponderExcluirÓtimo texto, explica muito bem o modelo de tomada de decisões, e mostra que realmente não tem magica pra solucionar os problemas dos gestores rapidamente.
ResponderExcluirMuito bom o texto, realmente tomar as decisões certas é mais complicado do que se imagina.
ResponderExcluirParabéns pelo texto Pessoal! Como foi relatado acima, é muito importante ter acesso ás informações para que se tome a decisão que melhor se encaixe ao tipo de problema vivenciado. É claro que a racionalidade não é absoluta, porém quanto maior o número de informações (e consequentemente maior conhecimento sobre a situação), menos complexo ficará o processo decisório.
ResponderExcluirTexto bem bacana! Falaram de um tema muito oportuno, que foi bastante discutido em sala de aula. Realmente sem o conhecimento não é possível fazer nada, e mesmo com ele não temos garantia que tomaremos a melhor decisão!!! Parabéns...
ResponderExcluirConcordo que as soluções perfeitas sejam utopia. Os gestores sempre usam de sua experiência e instinto para tomar as decisões, mas, como foi colocado no texto, usar só isso, muitas vezes, pode ser perigoso. Boa reflexão proposta, parabéns!
ResponderExcluirGosto do texto que é conversado, aquele que existe um diálogo e não se designa apenas a ler, mas também a refletir. A tomada de decisão, para mim, assim como dito no texto, depende do contexto. O contexto é o que determina o que é melhor e o que é pior, além de ter o poder de transformar uma decisão boa em péssima. Como interpretar os contextos e a partir disso tomar as melhores decisões? Para mim esse é o ponto crucial!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente texto pois deixou bastante claro que os problemas que os gestores enfrentam não tem um script pronto, ou seja, não tem soluções definidas para o mesmo e que o gestor tem que levar em conta não só o problema, mas sim o ambiente e quem faz parte dele.
ResponderExcluirEste texto mostra que quem quiser ser bem sucedido errará muito antes de acertar, porque não há um caminho correto, o “One Best Way”, mas sim vários caminhos. Eles deve ser interpretados e isso força o gestor a ter noção de muitas áreas diferente para tomar uma boa decisão. Ele vai quebrar muito a cara antes de aprender a dirigir as coisas de forma sustentável e esse é o grande desafio do administrador!!
ResponderExcluirTexto muito bom, parabéns!!
Realmente o melhor jeito de mediar conflitos é a impessoalidade e analisar as possíveis soluções. Isso deveria ser usado não so no ambiente corporativo, mas para a vida também! Belo texto pessoal, parabéns!!
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